sexta-feira, 27 de julho de 2007

Vitória da tática de jogo


Rogério Ceni, Reasco, André Dias, Miranda e Richarlyson; Josué, Hernanes, Jorge Wagner e Souza; Leandro (Diego Tardelli) e Borges (Hugo).

Este foi o São Paulo que venceu o Sport, de virada, por 3x1, na última quinta-feira no frio Morumbi.

O técnico Muricy Ramalho optou por um São Paulo no esquema 4-4-2, com Richarlyson na lateral-esquerda e Jorge Wagner no meio-de-campo ao lado de Souza.  Com duas linhas de quatro quando estava sem bola e, quando a posse era do Tricolor, um losango no meio-de-campo, o São Paulo se manteve na vice-liderança do Campeonato Brasileiro.

O Tricolor desde o início do jogo procurou o gol, mas quem saiu na frente foi o time pernambucano, com Weldon, que aproveitou a única vacilada do time sãopaulino na marcação no contra-ataque de sua equipe.

No segundo tempo o time de Muricy foi o mesmo da primeira etapa e continuou criando oportunidades de gol e dessa vez a bola resolveu entrar por três vezes com Leandro, Souza e Rogério Ceni em cobrança de falta perfeita. Destaque para o atacante Borges que fez o “corta-luz” para o gol de Leandro e deu o passe para o camisa 10 do Tricolor que até aquele momento só dava chutes mal direcionados.

A verdade é que o São Paulo atuou bem desde o primeiro tempo e criou jogadas no toque de bola pelo chão – mostrando o trabalho realizado no treino da véspera da partida -- e nos chutes de longa distância, porém pecava nas finalizações (principalmente com Souza). Não havia o que mudar para o segundo tempo, senão o acréscimo de vontade e volúpia para conquistar os três pontos.

No entanto, deve-se apontar alguns fatos envolvendo alguns atletas individualmente.

O ala Jorge Wagner não se destacou no meio-campo, apesar de ter se esforçado bastante e auxiliado Souza na marcação da saída de bola. Muitos torcedores pedem o ex-jogador de Corinthians e Internacional no meio-de-campo, como cabeça pensante da equipe. Ficou evidente, porém, que ele realizou no máximo alguns cruzamentos e chutes ao gol, já que passes em profundidade através de seus pés foram nulos (só tapinhas na bola para os companheiros mais próximos). O organizador de jogadas do time, mesmo, foi Souza que apesar dos péssimos chutes, teve boa atuação.

Já Leandro, mesmo marcando o seu gol na partida, mais uma vez teve atuação contestada. Muita firula novamente e pouca objetividade. Aliás, objetividade esta que, felzimente, só foi colocada em prática no momento de seu gol.

Alguns irão questionar a escalação do volante Richarlyson na lateral. Ora, todos sabemos que Júnior e principalmente Jadílson não se destacam pela marcação. E para enfrentar uma equipe jogando no 3-5-2 e contando com o habilidoso atacante Carlinhos Bala, pode-se compreender perfeitamente a presença de Richarlyson, que mais uma vez foi bem.

Enfim, taticamente o time de Muricy foi o mesmo do início ao final da partida e, diga-se, foi muito bem.

Uma vitória da tática de jogo, uma vitória do trabalho de Muricy, que derruba mais uma vez as fofocas de que não tem o grupo sob controle.

Avante, São Paulo!

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