O Palmeiras fará um protesto formal, encaminhando uma carta
à CBF posicionando-se contra o erro do assistente Marrubson de Freitas, que
anulou um gol legal feito pelo chileno Valdívia na partida de ontem contra o
Paraná.
O gol anulado ocorreu da seguinte forma: Valdívia recebeu a
bola na linha da pequena área e finalizou com um chute cruzado, que bateu na
trave antes de entrar no gol. No entanto, o atacante Luís Henrique, do time
paulistano, acompanhava a jogada e chegou próximo à trave em que a bola bateu
antes de morrer nas redes do time paranista. O Sr. Marrubson de Freitas
levantou a bandeira assinalando impedimento de Luís Henrique, achando que este
teria tocado na bola, pois se encontrava na frente da linha do objeto no
momento do chute.
Vamos considerar as dimensões do campo e a posição do
bandeira que se encontrava na linha lateral.
A linha-de-fundo simetricamente paralela à linha do
meio-de-campo (largura do campo de jogo) deve ter, no mínimo, 45 metros ou, no máximo, 90 metros . No caso do
estádio do Paraná, o Durival de Britto, onde foi realizado o jogo em questão, a
largura do campo é de 75
metros .
Considerando: a distância entre os dois postes (7,32m); a
distância entre um poste e a linha vertical da pequena área (5,5m); a distância
entre as linhas verticais da pequena área e da área penal (11m); e a distância
entre a linha vertical da área penal e a bandeira de escanteio (17,34m),
afirma-se que o bandeira estava a aproximadamente 41,16m do atacante Luís
Henrique, como se pode ver no esquema abaixo.
Portanto, levando-se em conta este afastamento entre o
árbitro assistente e o atleta, com o agravante dele ter outros jogadores
encobrindo sua visão, é perfeitamente aceitável o erro do bandeira.
O que quero dizer é que os protestos contra arbitragens
devem ser eitos com bom senso e essa capacidade não vem sendo colocada em
prática por times como Botafogo, no episódio envolvendo a auxiliar Ana Paula
de Oliveira na semi-final da Copa do Brasil, o próprio Paraná, que foi
beneficiado agora, que reivindicava a anulação do jogo contra o São Paulo por
erros de arbitragem, e agora o Palmeiras, que se coloca na posição de
perseguido, como se os erros acontecessem sempre contra e nunca a favor da
equipe do técnico Caio Júnior.
O futebol brasileiro se encontra em um nível baixíssimo
tecnicamente. Se essa falação que envolve os árbitros como um dos argumentos
para justificar as derrotas se proliferar para outros técnicos e dirigentes de
outras equipes, a tendência é que os torcedores aqui do Brasil acompanhem um
futebol cada vez mais chato.
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