segunda-feira, 23 de julho de 2007

Até quando?


O Palmeiras fará um protesto formal, encaminhando uma carta à CBF posicionando-se contra o erro do assistente Marrubson de Freitas, que anulou um gol legal feito pelo chileno Valdívia na partida de ontem contra o Paraná.

O gol anulado ocorreu da seguinte forma: Valdívia recebeu a bola na linha da pequena área e finalizou com um chute cruzado, que bateu na trave antes de entrar no gol. No entanto, o atacante Luís Henrique, do time paulistano, acompanhava a jogada e chegou próximo à trave em que a bola bateu antes de morrer nas redes do time paranista. O Sr. Marrubson de Freitas levantou a bandeira assinalando impedimento de Luís Henrique, achando que este teria tocado na bola, pois se encontrava na frente da linha do objeto no momento do chute.

Vamos considerar as dimensões do campo e a posição do bandeira que se encontrava na linha lateral.

A linha-de-fundo simetricamente paralela à linha do meio-de-campo (largura do campo de jogo) deve ter, no mínimo, 45 metros ou, no máximo, 90 metros. No caso do estádio do Paraná, o Durival de Britto, onde foi realizado o jogo em questão, a largura do campo é de 75 metros.

Considerando: a distância entre os dois postes (7,32m); a distância entre um poste e a linha vertical da pequena área (5,5m); a distância entre as linhas verticais da pequena área e da área penal (11m); e a distância entre a linha vertical da área penal e a bandeira de escanteio (17,34m), afirma-se que o bandeira estava a aproximadamente 41,16m do atacante Luís Henrique, como se pode ver no esquema abaixo.


Portanto, levando-se em conta este afastamento entre o árbitro assistente e o atleta, com o agravante dele ter outros jogadores encobrindo sua visão, é perfeitamente aceitável o erro do bandeira.

O que quero dizer é que os protestos contra arbitragens devem ser eitos com bom senso e essa capacidade não vem sendo colocada em prática por times como Botafogo, no episódio envolvendo a auxiliar Ana Paula de Oliveira na semi-final da Copa do Brasil, o próprio Paraná, que foi beneficiado agora, que reivindicava a anulação do jogo contra o São Paulo por erros de arbitragem, e agora o Palmeiras, que se coloca na posição de perseguido, como se os erros acontecessem sempre contra e nunca a favor da equipe do técnico Caio Júnior.

O futebol brasileiro se encontra em um nível baixíssimo tecnicamente. Se essa falação que envolve os árbitros como um dos argumentos para justificar as derrotas se proliferar para outros técnicos e dirigentes de outras equipes, a tendência é que os torcedores aqui do Brasil acompanhem um futebol cada vez mais chato.

Bom senso, treino e boa administração. É essa a receita para que os clubes de futebol cresçam e, no caso de alguns, voltem a ganhar títulos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário