A relação entre as diretorias de São Paulo e Santos, com a
negociação em curso por Ganso, já não é das melhores. Agora, às vésperas do
SanSão de domingo, com a notícia de que o Tricolor teria feito uma consulta
para contratar a jovem promessa da base santista Gabriel Barbosa, mais
conhecido como Gabigol, o clima tende a ficar pior ainda.
A intenção do São Paulo em contratar a revelação do Santos,
segundo alguns veículos informaram, seria motivada por um impasse na divisão
dos direitos econômicos entre o jogador e o clube praiano: a direção alvinegra
quer ficar com 70% e deixar o restante com o atleta, enquanto os representantes
de Gabigol querem 40%. O promissor atacante completou 16 anos em 30 de agosto
e, portanto, pode assinar seu primeiro contrato profissional.
O vice-presidente de futebol são-paulino João Paulo de Jesus
Lopes já foi procurado pela imprensa (aqui)
e negou que o Tricolor tivesse feito qualquer sondagem por Gabigol. O
responsável por espalhar o boato foi o pai do jogador, cujo empresário é Wagner
Ribeiro, a quem pessoas ligadas ao São Paulo teriam procurado para tentar a
negociação.
Há alguns meses houve uma polêmica parecida envolvendo o São
Paulo em relação ao jogador Thiago Mosquito, atacante com participações por
seleções brasileiras de base que abandonou o Vasco, assinou com o Macaé e
depois foi oferecido para jogar no Morumbi.
O clube cruzmaltino reagiu, a polêmica foi formada, mas logo
foi abafada com a intervenção do diretor técnico são-paulino René Simões, que
vetou a contratação sob a alegação de que o São Paulo tem que dar exemplo e que
ele não queria que situação semelhante – de um atleta formado em Cotia
abandonar o Tricolor para assinar com outra equipe – ocorresse. A informação
foi publicada no Blog
do Menon, do jornalista da revista ESPN
Brasil, Luís Augusto Simon.
E é assim que deve ser. Que se espere Santos e Gabigol
esgotarem todas as tratativas por um novo contrato para só então o São Paulo
negociar a contratação.
É esperado também que Wagner Ribeiro venha a público para
esclarecer esse possível envolvimento são-paulino. Com a negativa dada por João
Paulo de Jesus Lopes, é importante ouvir o que o empresário tem a dizer para
que não haja dúvidas e para que o clima já acalorado entre as diretorias
tricolor e santista não vire uma guerra declarada.