sábado, 8 de setembro de 2012

SanSão fora dos gramados


A relação entre as diretorias de São Paulo e Santos, com a negociação em curso por Ganso, já não é das melhores. Agora, às vésperas do SanSão de domingo, com a notícia de que o Tricolor teria feito uma consulta para contratar a jovem promessa da base santista Gabriel Barbosa, mais conhecido como Gabigol, o clima tende a ficar pior ainda.

A intenção do São Paulo em contratar a revelação do Santos, segundo alguns veículos informaram, seria motivada por um impasse na divisão dos direitos econômicos entre o jogador e o clube praiano: a direção alvinegra quer ficar com 70% e deixar o restante com o atleta, enquanto os representantes de Gabigol querem 40%. O promissor atacante completou 16 anos em 30 de agosto e, portanto, pode assinar seu primeiro contrato profissional.

O vice-presidente de futebol são-paulino João Paulo de Jesus Lopes já foi procurado pela imprensa (aqui) e negou que o Tricolor tivesse feito qualquer sondagem por Gabigol. O responsável por espalhar o boato foi o pai do jogador, cujo empresário é Wagner Ribeiro, a quem pessoas ligadas ao São Paulo teriam procurado para tentar a negociação.

Há alguns meses houve uma polêmica parecida envolvendo o São Paulo em relação ao jogador Thiago Mosquito, atacante com participações por seleções brasileiras de base que abandonou o Vasco, assinou com o Macaé e depois foi oferecido para jogar no Morumbi.

O clube cruzmaltino reagiu, a polêmica foi formada, mas logo foi abafada com a intervenção do diretor técnico são-paulino René Simões, que vetou a contratação sob a alegação de que o São Paulo tem que dar exemplo e que ele não queria que situação semelhante – de um atleta formado em Cotia abandonar o Tricolor para assinar com outra equipe – ocorresse. A informação foi publicada no Blog do Menon, do jornalista da revista ESPN Brasil, Luís Augusto Simon.

E é assim que deve ser. Que se espere Santos e Gabigol esgotarem todas as tratativas por um novo contrato para só então o São Paulo negociar a contratação.

É esperado também que Wagner Ribeiro venha a público para esclarecer esse possível envolvimento são-paulino. Com a negativa dada por João Paulo de Jesus Lopes, é importante ouvir o que o empresário tem a dizer para que não haja dúvidas e para que o clima já acalorado entre as diretorias tricolor e santista não vire uma guerra declarada.

No caso de o empresário confirmar a consulta são-paulina, então o conflito estará armado. Mais que isso, o Tricolor terá de achar uma boa explicação para o assunto, a fim de seguir a postura de “exemplo” que René Simões afirmou ser imprescindível ao clube.