domingo, 27 de janeiro de 2008

São Paulo x Corinthians


No primeiro clássico do ano, o Tricolor não saiu do zero a zero contra o Corinthians. Foi uma partida disputada, com boas  chances criadas pelos dois lados.

O primeiro tempo, no entanto, teve uma ligeira superioridade corintiana, enquanto na segunda etapa o São Paulo voltou diferente e conseguiu ser superior, com um pênalti não marcado em Dagoberto e com o gol mal anulado do centroavante Adriano.

Seria justo o empate se não houvesse os erros d earbitargem referidos, todavia como ocorreram de fato, fica um empate com um gostinho amargo pelo lado são-paulino

Analisando a equipe do São Paulo, percebeu-se uma melhora no desempenho, mas ainda muito pouco para atingir as metas do ano – a Libertadores e o Mundial. Muitos passes errados ainda acontecem por jogadores que costumavam acertá-los, dentre eles Jorge Wagner e Hernanes.

A equipe do técnico Muricy Ramalho é uma com bola e outra sem ela. Coma  posse d ebola, o Tricolor joga no esquema 4-4-2, com Joílson e Richarlyson nas laterais, enquanto que quando a bola está nos pés do adversário, o polivalente Ricky se transforma num zagueiro pela esquerda, Jorge Wagner ocupa a ala pelo mesmo lado e Joílson desmepenha a mesma função no lado direito do campo.

No papel, é uma formação interessante, mas na prática não vem convencendo. Resta a nós torcedores confiar na capacidade de Muricy para que durante os treinos ocorram as necessárias melhorias.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Troca-troca por Kléber, lateral do Santos


Seria um bom negócio se não envolvesse dinheiro para o São Paulo e se apenas dois dos três atletas do Tricolor especulados (Souza, Hugo e Júnior) fossem envolvidos no “troca-troca”.

Kléber hoje tem um preço no mercado que vale mais que os três tricolores juntos – e a intenção do presidente santista Marcelo Teixeira é que a negociação envolva os três são-paulinos e mais uma quantia em dinheiro. O lateral-esquerdo do Santos é atleta da seleção brasileira, vice da Libertadores e vice do Brasileirão, enquanto que Hugo, Souza e Júnior passaram por momentos de instabilidade em 2007 e iniciaram 2008 no banco de reservas, apesar da participação na conquista do pentacampeonato no ano passado.

No entanto, a diretoria do São Paulo deve se atentar para a temporada e pelos inúmeros jogos que estão por vir. Ganharia um atleta qualificado, mas perderia três de uma só vez. Isso poderia comprometer o elenco em quantidade.

Conhecendo a maneira de Juvenal Juvêncio administrar o São Paulo, acho que não sairá negócio se Marcelo Teixeira não ceder em alguns pontos. Para o Tricolor não muda muita coisa, já Leão continuará com um elenco limitadíssimo em quantidade e qualidade e os muros do CT Rei Pelé continuarão sendo pichados.

Tricolorzinho avança na Copinha


Depois de suar na fase de grupos para se classificar para a segunda fase da competição quando enfrentou o São Bernardo, vencendo o time do ABC por 3x1 numa virada espetacular que começou aos 45 do segundo tempo, o São Paulo Júnior venceu o Fluminense pelas oitavas-de-final da Copa São Paulo de Juniores por 2x0, gols de Sergio Mota e Eric.

A partida foi bastante parelha e as duas equipes mostraram qualidade. Talvez seja pela mentalidade ofensiva do Tricolor carioca que o São Paulo exibiu um futebol com maior toque de bola e mais objetivo, já que nos jogos anteriores enfrentou adversários que tinham como objetivo primário a defesa.

O destaque do Tricolor paulista vai para a excelente partida feita pelo zagueiro Paulo, que não havia chamado atenção anteriormente. O meio-campista Sergio Mota, com muita visão de jogo, o também meio-campista Wellington (que hoje jogou de volante, pois o titular Juninho estava suspenso por três cartões amarelos) com roubadas de bola, desarmes e investidas ao ataque, o volante Bruno Formigoni pela forte presença na proteção à zaga e o lateral-esquerdo Diogo que foi bem tanto na marcação quanto nas ações ofensivas, fizeram boa partida.

Menção honrosa também ao goleiro Leonardo Vieira, que se nas outras partidas pareceu ser meio estabanado na saída do gol para disputar bolas altas, hoje ganhou todas, fez duas boas defesas e fechou corretamente o ângulo de um atacante do Flu em um lance em que ficou mano-a-mano com o adversário.

Os gols
Os dois gols do Tricolorzinho do Morumbi sairam na segunda etapa. O primeiro deles foi logo no início, numa boa tabela entre Léo Gonçalves (que havia entrado no lugar do meia Flávio) e o lateral Felipe, que cruzou para área; o atacante Eric tentou desviar a bola de letra e sobrou para Sergio Mota fuzilar o goleiro do Flu.

Depois do gol o São Paulo continuou pressionando e dominando a partida buscando aumentar o placar em seu favor. Foi quando Mazola recebeu uma bola na grande área e o lateral Dieguinho, do Fluminense, fez pênalti. Eric foi para a cobrança e anotou mais um gol para o Tricolor paulista.

Como precisava de pelo menos um empate para disputar a vaga nos pênaltis para avançar às quartas-de-final da Copinha, o Flu ainda tentou exercer pressão, mas nada que assustasse.

Agora o Tricolorzinho vencedor irá enfrentar outro tricolor, o gaúcho. São Paulo e Grêmio se enfrentarão pela Copa SP no domingo, com horário a definir.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

O decreto do Imperador


Finalmente a bola rolou e a maratona de jogos começou para o São Paulo, que teve a estréia dos ex-botafoguenses Joílson e Juninho, do volante Fábio Santos e do centroavante Adriano. O outro reforço – Carlos Alberto, contratado por empréstimo junto ao Werder Bremen – ainda não está regularizado e precisa readquirir melhor condição física.

O adversário foi o Guaratinguetá e a população local mobilizou-se para ver a reestréia do Imperador Adriano, de volta aos gramados brasileiros para recuperar o futebol que o consagrou na Internazionale de Milão. Não poderia ser melhor: vitória tricolor por 2x1, com dois gols de Adriano.

A partida, no entanto, foi complicada para o São Paulo que durante o primeiro tempo criou poucas oportunidades de gol e sucumbiu frente à forte marcação imposta pelo trio de zagueiros do Guará. As melhores chances de gol foram do time do Vale do Paraíba e aos 21 minutos o zagueiro Renato cobrou falta de longa distância, a bola passou entre a barreira montada por Rogério Ceni, que estava mal posicionado, e morreu no fundo das redes: 1x0 Guaratinguetá.

Visivelmente o São Paulo parecia sentir dificuldades e passou um relativo sufoco. Faltava movimentação do ataque tricolor, o polivalente Richarlyson não se encontrava em campo – ora estava na ala esquerda ora no meio-de-campo e ora (pasme!) na ponta direita –, e o trio Fábio Santos, Hernanes e Jorge Wagner pouco criou. O ala Joílson foi inofensivo na primeira etapa.
Muricy Ramalho com certeza não estava satisfeito com o que via e foi para o vestiário maquinando algo para a etapa final.

Na volta ao gramado uma alteração no time do São Paulo: saiu o esforçado Fábio Santos para a entrada de Aloísio. Dagoberto passou a compor o meio-de-campo e destacou-se mais pela ajuda na marcação do que na criação de jogadas ofensivas. Mesmo assim o Tricolor voltou com outra postura,  e logo no início, aos 45 segundos, o Imperador Adriano soltou uma bomba impossível de se defender.

Para quem pensava que o Guaratinguetá iria se abalar com o gol de empate, o contrário aconteceu e continuou atacando o gol de Rogério Ceni. O jogo tornou-se movimentado, quente e até algumas entradas duras ocorreram. Mas o São Paulo tinha um craque em campo. O nome dele? Adriano, o Imperador, que em uma falta cavada pelo companheiro Aloísio aos 34 minutos virou o placar num chute forte e rasteiro.

O Guará ainda exerceu pressão no Tricolor após a expulsão de Richarlyson, mas o resultado se manteve e a expectativa fica pela torcida por um futebol mais vistoso do São Paulo de tantos bons jogadores, que hoje venceu na base da vontade.

O treinador Muricy Ramalho terá o trabalho de fazer sua equipe jogar o mesmo futebol de intensidade que ficou destacado na conquista do pentacampeonato nacional em 2007. Com Adriano ele já sabe que pode contar!

domingo, 13 de janeiro de 2008

O Tricolorzinho na Copinha


O São Paulo iniciou sua cmapanha na Copa São Paulo de Juniores com boa exibição nos 3x0 diante do CSA-AL. Boas tabelas, jogadas bonitas, tudo credenciava o Tricolorzinho como grande favorito para a conquista da Copinha.

No jogo seguinte, contra o Piauí, uma grande surpresa: empate em 1x1, com os atletas são-paulinos exagerando nos toques de efeito, “ciscadas” e outras jogadas desnecessárias, sem contar a dificuldade de trabalhar uma jogada fazendo a ligação defesa-ataque. Pelas oportunidades criadas, o Piauí mereceria até ter vencido a partida.

Para o São Paulo se classificar para a próxima fase da competição precisaria “ganhar ou ganhar” do União São João de Araras, o até então líder do Grupo P da Copa SP. Com um eventual empate os são-paulinos não conseguiriam a classificação por índice técnico, pois somariam apenas cinco pontos no grupo, sendo que já havia mais de dez equipes no segundo lugar de seus grupos com seis pontos garantidos.

Na partida realizada na noite de ontem contra o time de Araras percebeu-se uma ligeira melhora no Tricolorzinho, mas nada que empolgasse. O São Paulo esteve por duas vezes na frente no placar e cedeu o empate e só garantiu a suada classificação com o gol do meio-campista Wellington, que tem apenas 16 anos e saiu do banco de reservas para selar a passagem para a segunda fase da Copinha.

Muitos torcedores começam a temer pelo futuro da equipe profisisonal pelo mau desempenho dos atletas de base, já que o presidente Juvenal Juvêncio deu declarações dizendo que daqui a dois anos ele espera não precisar contratar jogadores para reforçar a equipe principal e para fazê-lo bastará promover os garotos formados no Centro de Formação de Atletas de Cotia.

De fato o time “júnior” do São Paulo tem limitações táticas evidentes e isso está atrelado diretamente ao comando, cujo responsável é o limitado treinador Marcos Vizzoli. Tecnicamente, contudo, enxerga-se bons valores na equipe são-paulina: o volante Juninho tem sido o destaque e ainda deve-se dar atenção ao seu companheiro de marcação Bruno Formigoni, ao lateral-esquerdo Diogo, ao meio-campista Sérgio Mota e ao atacante Eric que melhorou muito em relação a sua última Copinha. Há ainda bons valores no banco de reservas, como Wellington e o artilheiro do São Paulo no último Campeonato Paulista Juvenil, o atacante Ronieli.

Aliar a qualidade técnica destes jogadores com objetividade é ainda um trabalho que deverá ser desenvovlido pelos responsáveis pela formação destes garotos, como o coordenador Bebeto de Oliveira e os respectivos treinadores de cada categoria. Isso deve ser feito dando a eles certa liberdade para atuar, sem bitolá-los com instruções táticas, que devem ser passadas paulatinamente com um grau de exigência moderado.

Os profissionais das categorias de base e da equipe principal devem saber, ainda, que quando o jogador é integrado ao elenco profissional, a sua formação como atleta de futebol ainda não está concretizada. Cabe ao treinador dar continuidade a esse processo e daí vem a importância da integração entre as comissões técnicas das categorias de base e do profissional.

No caso do São Paulo não há motivos para desespero. Há, na verdade, aspectos que merecem ser melhor avaliados, como o trabalho do treinador Vizzoli que aparentemente não tem recursos suficientes para colaborar na formação de atletas talentosos que o CFA de Cotia ajuda a desenvolver.

O título da Copinha 2008 é improvável pelo futebol que os garotos têm apresentado, a menos que haja uma reviravolta por parte do treinador da equipe e que os talentos individuais desabrochem em prol do coletivo. Ademais, existem profissionais qualificados a frente da base são-paulina para colocar a cabeça desses futuros craques no lugar – e o principal nome é o professor Bebeto de Oliveira.

A nação tricolor pode ficar tranqüila porque dali surgirão algumas boas soluções para renovar os títulos já conquistados.