Finalmente a bola rolou e a maratona de jogos começou para o
São Paulo, que teve a estréia dos ex-botafoguenses Joílson e Juninho, do
volante Fábio Santos e do centroavante Adriano. O outro reforço – Carlos
Alberto, contratado por empréstimo junto ao Werder Bremen – ainda não está
regularizado e precisa readquirir melhor condição física.
O adversário foi o Guaratinguetá e a população local
mobilizou-se para ver a reestréia do Imperador Adriano, de volta aos gramados
brasileiros para recuperar o futebol que o consagrou na Internazionale de
Milão. Não poderia ser melhor: vitória tricolor por 2x1, com dois gols de
Adriano.
A partida, no entanto, foi complicada para o São Paulo que
durante o primeiro tempo criou poucas oportunidades de gol e sucumbiu frente à
forte marcação imposta pelo trio de zagueiros do Guará. As melhores chances de
gol foram do time do Vale do Paraíba e aos 21 minutos o zagueiro Renato cobrou
falta de longa distância, a bola passou entre a barreira montada por Rogério
Ceni, que estava mal posicionado, e morreu no fundo das redes: 1x0
Guaratinguetá.
Visivelmente o São Paulo parecia sentir dificuldades e
passou um relativo sufoco. Faltava movimentação do ataque tricolor, o
polivalente Richarlyson não se encontrava em campo – ora estava na ala esquerda
ora no meio-de-campo e ora (pasme!) na ponta direita –, e o trio Fábio Santos,
Hernanes e Jorge Wagner pouco criou. O ala Joílson foi inofensivo na primeira
etapa.
Muricy Ramalho com certeza não estava satisfeito com o que via
e foi para o vestiário maquinando algo para a etapa final.
Na volta ao gramado uma alteração no time do São Paulo: saiu
o esforçado Fábio Santos para a entrada de Aloísio. Dagoberto passou a compor o
meio-de-campo e destacou-se mais pela ajuda na marcação do que na criação de
jogadas ofensivas. Mesmo assim o Tricolor voltou com outra postura, e logo no início, aos 45 segundos, o
Imperador Adriano soltou uma bomba impossível de se defender.
Para quem pensava que o Guaratinguetá iria se abalar com o
gol de empate, o contrário aconteceu e continuou atacando o gol de Rogério
Ceni. O jogo tornou-se movimentado, quente e até algumas entradas duras
ocorreram. Mas o São Paulo tinha um craque em campo. O nome dele? Adriano, o
Imperador, que em uma falta cavada pelo companheiro Aloísio aos 34 minutos
virou o placar num chute forte e rasteiro.
O Guará ainda exerceu pressão no Tricolor após a expulsão de
Richarlyson, mas o resultado se manteve e a expectativa fica pela torcida por
um futebol mais vistoso do São Paulo de tantos bons jogadores, que hoje venceu na
base da vontade.
O treinador Muricy Ramalho terá o trabalho de fazer sua equipe jogar o mesmo futebol de intensidade que ficou destacado na conquista do pentacampeonato nacional em 2007. Com Adriano ele já sabe que pode contar!
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