domingo, 13 de janeiro de 2008

O Tricolorzinho na Copinha


O São Paulo iniciou sua cmapanha na Copa São Paulo de Juniores com boa exibição nos 3x0 diante do CSA-AL. Boas tabelas, jogadas bonitas, tudo credenciava o Tricolorzinho como grande favorito para a conquista da Copinha.

No jogo seguinte, contra o Piauí, uma grande surpresa: empate em 1x1, com os atletas são-paulinos exagerando nos toques de efeito, “ciscadas” e outras jogadas desnecessárias, sem contar a dificuldade de trabalhar uma jogada fazendo a ligação defesa-ataque. Pelas oportunidades criadas, o Piauí mereceria até ter vencido a partida.

Para o São Paulo se classificar para a próxima fase da competição precisaria “ganhar ou ganhar” do União São João de Araras, o até então líder do Grupo P da Copa SP. Com um eventual empate os são-paulinos não conseguiriam a classificação por índice técnico, pois somariam apenas cinco pontos no grupo, sendo que já havia mais de dez equipes no segundo lugar de seus grupos com seis pontos garantidos.

Na partida realizada na noite de ontem contra o time de Araras percebeu-se uma ligeira melhora no Tricolorzinho, mas nada que empolgasse. O São Paulo esteve por duas vezes na frente no placar e cedeu o empate e só garantiu a suada classificação com o gol do meio-campista Wellington, que tem apenas 16 anos e saiu do banco de reservas para selar a passagem para a segunda fase da Copinha.

Muitos torcedores começam a temer pelo futuro da equipe profisisonal pelo mau desempenho dos atletas de base, já que o presidente Juvenal Juvêncio deu declarações dizendo que daqui a dois anos ele espera não precisar contratar jogadores para reforçar a equipe principal e para fazê-lo bastará promover os garotos formados no Centro de Formação de Atletas de Cotia.

De fato o time “júnior” do São Paulo tem limitações táticas evidentes e isso está atrelado diretamente ao comando, cujo responsável é o limitado treinador Marcos Vizzoli. Tecnicamente, contudo, enxerga-se bons valores na equipe são-paulina: o volante Juninho tem sido o destaque e ainda deve-se dar atenção ao seu companheiro de marcação Bruno Formigoni, ao lateral-esquerdo Diogo, ao meio-campista Sérgio Mota e ao atacante Eric que melhorou muito em relação a sua última Copinha. Há ainda bons valores no banco de reservas, como Wellington e o artilheiro do São Paulo no último Campeonato Paulista Juvenil, o atacante Ronieli.

Aliar a qualidade técnica destes jogadores com objetividade é ainda um trabalho que deverá ser desenvovlido pelos responsáveis pela formação destes garotos, como o coordenador Bebeto de Oliveira e os respectivos treinadores de cada categoria. Isso deve ser feito dando a eles certa liberdade para atuar, sem bitolá-los com instruções táticas, que devem ser passadas paulatinamente com um grau de exigência moderado.

Os profissionais das categorias de base e da equipe principal devem saber, ainda, que quando o jogador é integrado ao elenco profissional, a sua formação como atleta de futebol ainda não está concretizada. Cabe ao treinador dar continuidade a esse processo e daí vem a importância da integração entre as comissões técnicas das categorias de base e do profissional.

No caso do São Paulo não há motivos para desespero. Há, na verdade, aspectos que merecem ser melhor avaliados, como o trabalho do treinador Vizzoli que aparentemente não tem recursos suficientes para colaborar na formação de atletas talentosos que o CFA de Cotia ajuda a desenvolver.

O título da Copinha 2008 é improvável pelo futebol que os garotos têm apresentado, a menos que haja uma reviravolta por parte do treinador da equipe e que os talentos individuais desabrochem em prol do coletivo. Ademais, existem profissionais qualificados a frente da base são-paulina para colocar a cabeça desses futuros craques no lugar – e o principal nome é o professor Bebeto de Oliveira.

A nação tricolor pode ficar tranqüila porque dali surgirão algumas boas soluções para renovar os títulos já conquistados.

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