terça-feira, 24 de julho de 2007

Alegria, tristeza e lamentações


A campanha brasileira no Pan-2007, no Rio, superou hoje todas as anteriores com a trigésima medalha de ouro conquistada no tênis de mesa pelo trio Hugo Hoyama, Thiago Monteiro e Gustavo Tsuboi na final por equipes, batendo a equipe argentina.

Justamente no dia em que se completa uma semana da tragédia ocorrida em São Paulo, com o acidente do vôo JJ 3054 da TAM que custou a vida de 200 pessoas.

Durante essa semana se que passou, muitos ouros foram conquistados pelo Brasil no Pan: na ginástica artística, na natação, no vôlei de praia, no atletismo e, hoje, no tênis de mesa.

Sim, o Panamericano do Sr. Carlos Artur Nuzman -- presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) --, com obras caríssimas (superfaturadas?) e utilizando o dinheiro público.

Os ouros conquistados por Diego Hypolito, Mosiah Rodrigues, Jade Barbosa, Thiago Pereira, Rebeca Gusmão, pelas duplas Juliana e Larissa e Ricardo e Emanuel, pela Fabiana Murer, pelo trio do tênis de mesa e todas as demais medalhas que foram e serão conquistadas por atletas brasileiros são motivos de orgulho e de alegria para qualquer brasileiro.

No entanto, com a tragédia do avião da TAM que entristeceu o Brasil e o Mundo, eu definitivamente só tenho a lamentar a realização deste Pan do Rio de Janeiro, já que todo este dinheiro investido poderia ter sido utilizado para solucionar outros e maiores problemas como o da crise aérea que assola o Brasil.

O Sr. Nuzman tem a sensação de dever cumprido (ou não, pois há relatos de falta de comida para os atletas na Vila Panamericana e filas enormes nos espaços que recebem os jogos com torcedores à procura de ingressos que estão nas mãos de pessoas “VIPs” que sequer comparecem para prestigiar o evento, deixando lugares vazios que poderiam ser preenchidos pelos “comuns”) e conseguiu autopromover-se.

Enquanto isso os familiares das vítimas do acidente da trágica terça-feira do último dia 17 choram a perda de seus entes.

Medalha de ouro? Alegria momentânea. Agora temos mesmo é que lamentar.

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