A campanha brasileira no Pan-2007, no Rio, superou hoje
todas as anteriores com a trigésima medalha de ouro conquistada no tênis de
mesa pelo trio Hugo Hoyama, Thiago Monteiro e Gustavo Tsuboi na final por
equipes, batendo a equipe argentina.
Justamente no dia em que se completa uma semana da tragédia
ocorrida em São Paulo ,
com o acidente do vôo JJ 3054 da TAM que custou a vida de 200 pessoas.
Durante essa semana se que passou, muitos ouros foram
conquistados pelo Brasil no Pan: na ginástica artística, na natação, no vôlei
de praia, no atletismo e, hoje, no tênis de mesa.
Sim, o Panamericano do Sr. Carlos Artur Nuzman -- presidente
do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) --, com obras caríssimas (superfaturadas?)
e utilizando o dinheiro público.
Os ouros conquistados por Diego Hypolito, Mosiah Rodrigues,
Jade Barbosa, Thiago Pereira, Rebeca Gusmão, pelas duplas Juliana e Larissa e
Ricardo e Emanuel, pela Fabiana Murer, pelo trio do tênis de mesa e todas as
demais medalhas que foram e serão conquistadas por atletas brasileiros são
motivos de orgulho e de alegria para qualquer brasileiro.
No entanto, com a tragédia do avião da TAM que entristeceu o
Brasil e o Mundo, eu definitivamente só tenho a lamentar a realização deste Pan
do Rio de Janeiro, já que todo este dinheiro investido poderia ter sido
utilizado para solucionar outros e maiores problemas como o da crise aérea que
assola o Brasil.
O Sr. Nuzman tem a sensação de dever cumprido (ou não, pois
há relatos de falta de comida para os atletas na Vila Panamericana e filas
enormes nos espaços que recebem os jogos com torcedores à procura de ingressos
que estão nas mãos de pessoas “VIPs” que sequer comparecem para prestigiar o
evento, deixando lugares vazios que poderiam ser preenchidos pelos “comuns”) e
conseguiu autopromover-se.
Enquanto isso os familiares das vítimas do acidente da
trágica terça-feira do último dia 17 choram a perda de seus entes.
Medalha de ouro? Alegria momentânea. Agora temos mesmo é que
lamentar.
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