segunda-feira, 2 de julho de 2007

Verde e amarelo desbotado


O Brasil é pentacampeão mundial e o único país a participar de todas as edições de Copa do Mundo. A seleção sempre cativou muitos adeptos pelo futebol elegante e majestoso desfilado em diversos campos pelo mundo afora que lhe rendeu as glórias mundiais.

Pelé, Garrincha, Tostão, Sócrates, Zico, Romário, Ronaldo, Rivaldo, Ronaldinho Gaúcho e Kaká. Todos eles são ídolos brasileiros pelo futebol demonstrado com a camisa verde e amarelo e também com a camisa de seus clubes. Muitos deles colaboraram para as conquistas mundiais. Em 58, 62 e 70, Pelé fora o grande responsável -- valendo ressaltar que o rei do futebol contou com a ajuda de outros grandes jogadores, como Garrincha -- e, não à toa, é considerado o melhor atleta de futebol de todos os tempos; em 94, Romário fora o herói brasileiro na conquista da taça no Mundial dos EUA; e, na última grande conquista brasileira, em 2002, a experiência de Rivaldo, o talento nato de um Ronaldo fenomenal e os dribles de Ronaldinho Gaúcho, todos eles assistidos do banco por aquele que hoje é o melhor jogador do Mundo, o menino Kaká, foram fatores fundamentais para o sucesso daquele ano. Toda essa descrição feita ninguém nunca apagará. Mas há alguns anos, no entanto, a paixão outrora latente pela seleção vem sendo deixada de lado, sendo superada pela paixão pelos clubes de coração da maioria dos torcedores.

Qual a razão para isso estar acontecendo? Afinal, não faz nem oito anos da última conquista do Mundo. Por que essa perda de identidade?

A Confederação Brasileira de Futebol, representada pelo presidente “vitalício” Ricardo Teixeira, é a grande culpada. Amistosos caça-níqueis, com o objetivo infundado de arrecadar dinheiro para os seus cofres, por diversas vezes afastam o time brasileiro de sua torcida. Outro ponto que merece destaque é a dívida que a entidade máxima do futebol brasileiro tem com alguns clubes -- a partir do momento que um jogador é convocado, a CBF torna-se a responsável pelo pagamento do salário dos atletas selecionados; com o São Paulo Futebol Clube a dívida chega aos R$ 4 milhões.

Ultimamente até a convocação de atletas tem sido bagunçada. No ano passado, por exemplo, o jogador do Barcelona Edmílson machucou-se e o técnico Dunga convocou Mineiro, até então jogador do São Paulo, para o seu lugar. Tudo normal se isso não tivesse ocorrido numa terça-feira, véspera do jogo do Tricolor contra o Vasco da Gama. Uma convocação sem nexo, que pega o treinador do clube de surpresa, colocando no lixo parte do trabalho desenvolvido na semana.

A verdade é que o mau resultado na última Copa não é o responsável pela perda de tesão da torcida nos jogos da seleção brasileira. Isso é conseqüência de fatores que vêm se desenvolvendo há alguns anos. Enquanto não houver mudança de mentalidade de quem controla o futebol brasileiro, o verde e amarelo continuará se desbotando e as cores dos clubes pelos quais as pessoas torcem passarão cada vez mais a serem consideradas as cores de suas verdadeiras seleções.

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