O Brasil é pentacampeão mundial e o único país a participar
de todas as edições de Copa do Mundo. A seleção sempre cativou muitos adeptos
pelo futebol elegante e majestoso desfilado em diversos campos pelo mundo afora
que lhe rendeu as glórias mundiais.
Pelé, Garrincha, Tostão, Sócrates, Zico, Romário, Ronaldo,
Rivaldo, Ronaldinho Gaúcho e Kaká. Todos eles são ídolos brasileiros pelo
futebol demonstrado com a camisa verde e amarelo e também com a camisa de seus
clubes. Muitos deles colaboraram para as conquistas mundiais. Em 58, 62 e 70,
Pelé fora o grande responsável -- valendo ressaltar que o rei do futebol contou
com a ajuda de outros grandes jogadores, como Garrincha -- e, não à toa, é
considerado o melhor atleta de futebol de todos os tempos; em 94, Romário fora
o herói brasileiro na conquista da taça no Mundial dos EUA; e, na última grande
conquista brasileira, em 2002,
a experiência de Rivaldo, o talento nato de um Ronaldo
fenomenal e os dribles de Ronaldinho Gaúcho, todos eles assistidos do banco por
aquele que hoje é o melhor jogador do Mundo, o menino Kaká, foram fatores
fundamentais para o sucesso daquele ano. Toda essa descrição feita ninguém
nunca apagará. Mas há alguns anos, no entanto, a paixão outrora latente pela seleção
vem sendo deixada de lado, sendo superada pela paixão pelos clubes de coração
da maioria dos torcedores.
Qual a razão para isso estar acontecendo? Afinal, não faz
nem oito anos da última conquista do Mundo. Por que essa perda de identidade?
A Confederação Brasileira de Futebol, representada pelo
presidente “vitalício” Ricardo Teixeira, é a grande culpada. Amistosos
caça-níqueis, com o objetivo infundado de arrecadar dinheiro para os seus
cofres, por diversas vezes afastam o time brasileiro de sua torcida. Outro
ponto que merece destaque é a dívida que a entidade máxima do futebol
brasileiro tem com alguns clubes -- a partir do momento que um jogador é
convocado, a CBF torna-se a responsável pelo pagamento do salário dos atletas
selecionados; com o São Paulo Futebol Clube a dívida chega aos R$ 4 milhões.
Ultimamente até a convocação de atletas tem sido bagunçada.
No ano passado, por exemplo, o jogador do Barcelona Edmílson machucou-se e o
técnico Dunga convocou Mineiro, até então jogador do São Paulo, para o seu
lugar. Tudo normal se isso não tivesse ocorrido numa terça-feira, véspera do
jogo do Tricolor contra o Vasco da Gama. Uma convocação sem nexo, que pega o
treinador do clube de surpresa, colocando no lixo parte do trabalho
desenvolvido na semana.
A verdade é que o mau resultado na última Copa não é o
responsável pela perda de tesão da torcida nos jogos da seleção brasileira.
Isso é conseqüência de fatores que vêm se desenvolvendo há alguns anos. Enquanto
não houver mudança de mentalidade de quem controla o futebol brasileiro, o
verde e amarelo continuará se desbotando e as cores dos clubes pelos quais as
pessoas torcem passarão cada vez mais a serem consideradas as cores de suas
verdadeiras seleções.
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