Não serei hipócrita em falar que estou me solidarizando com
os arqui-rivais palmeirenses e corintianos.
Não posso falar, também, que sei a dor que o torcedor do
Corinthians está sentindo agora, pois como adepto do São Paulo Futebol Clube
nunca passei por momentos como esse – e nem adianta falar em rebaixamento no
Paulistão de 1990, pois isso é uma grande mentira, vide coluna postada no Blog
do Birner.
O corintiano, hoje, chora por ter idolatrado mafiosos num
passado recente.
É o preço que se paga. Preço este que pagam os palmeirenses,
que amargaram um jejum de 16 anos, ficando sem conquistar títulos de 1977 até
1992, quando apelou para um sistema de co-gestão com a Parmalat para voltar a
ter dias de glórias; ao final da “parceria” com a multinacional no ano 2000,
porém, voltou à abstinência de conquistas que perdura até os dias atuais.
Não posso impor um pensamento, pois uma coisa que todos têm
e levam consigo até o seu último dia de vida é o livre arbítrio. Contudo, tenho
minhas convicções e acho tamanha pequenez – peço perdão pela antítese – de um
torcedor que se satisfaz com o rebaixamento de um rival, enquanto a equipe pela
qual torce é derrotada jogando em seu estádio e perde a chance que tinha em
mãos de ir para a Libertadores de 2008, como tenho visto na atitude de alguns
palmeirenses que conheço e pelo o que li na imprensa, que relatou a armação de
uma festa de uma torcida organizada do Palmeiras independente da classificação
para o torneio sul-americano, já que o objetivo do divertimento é mesmo a queda
do Corinthians para a Série B.
Falo isso tudo porque não há derrota do São Paulo que me
deixe feliz. Antes de qualquer rival, preocupo-me com o Tricolor. Adorei e
comemorei muito os gols do Grafite contra o Juventus naquele Campeonato
Paulista de 2004 que livraram o Corinthians da Série A-2 do Paulistão. Assim
como, mesmo com o título de pentacampeão brasileiro assegurado há mais de um
mês, não consigo digerir atuações tão displicentes como as assistidas nos
confrontos contra o Juventude e contra o Atlético Paranaense nos quais o São
Paulo saiu derrotado.
Como disse anteriormente, não estou aqui me solidarizando
com o Corinthians e muito menos com o Palmeiras. Ao primeiro caberá repensar
seu futuro e se reestruturar administrativamente, sabendo aproveitar o status
de segunda maior torcida brasileira; ao segundo caberá aos seus dirigentes
construírem equipes competitivas e regulares e acabar com a mania de
perseguição que tem tomado conta de palmeirenses – tanto torcida, quanto
dirigentes, comissão técnica e jogadores -- com as constantes reclamações às
arbitragens, afinal um time se faz forte nos bastidores (e isso não quer dizer
que essa força visa o auxílio de árbitros nos jogos, mas sim a conquista de
reconhecimento, o que é bem diferente) também com grandes atuações dentro de
campo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário