16 de dezembro de 2007.
Uma data aparentemente comum a todos. Só aparentemente.
Hoje o são-paulino comemora dois fatos: o primeiro e mais
importante são os 72 anos de sua fundação em 16 de dezembro de 1935, que para
muitos, na verdade, tratou-se do ressurgimento de um São Paulo fundado em 25 de
janeiro de 1930; o segundo fato foi a vitória do Milan sobre o Boca Juniors com
destaque para a maior cria do Tricolor do Morumbi dos últimos tempos: Kaká.
Nos seus 72 anos de vida (ou nos quase 78), o São Paulo
revelou inúmeros craques, como Roberto Dias, Bauer, Serginho Chulapa, Cafu,
Muller, Rogério Ceni e... Kaká, do Morumbi para o Milan, para o Mundo.
Kaká não chegou a fazer 100 partidas com a camisa tricolor,
mas naquelas em que participou fez o suficiente para ser considerado um dos
jogadores mais admirados pela torcida são-paulina, havendo exceções que
chegaram a taxá-lo de pipoqueiro em 2003 por ter ficado de fora da decisão do
Campeonato Paulista contra o Corinthians. Justamente em 2003, ano em que o
príncipe do Morumbi disputou o Torneio Pré-Olímpico pela seleção brasileira,
não teve férias e nem a prepração adequada e com isso acabou se machucando e
não pôde ajudar o São Paulo naquela final.
Com isso, Kaká seguiu seu rumo e foi para o Milan escrever
mais um pouco de sua história que havia começado profissionalmente em março de
2001, quando do banco de reservas o então delgado Cacá (sim, com “C”, para
depois substituí-los pelo “K”) entrou em campo na decisão do Torneio Rio-São Paulo
daquele ano para virar uma partida em que o Tricolor perdia de 1 a zero para o
Botafogo-RJ fazendo os dois gols são-paulinos que, além do título, garantiram a
catarse coletiva em vermelho, branco e preto naquela noite de quarta-feira.
O São Paulo também seguiu sua história e continuou
conquistando títulos, assim como Kaká. Foi tricampeão da Taça Libertadores da
América e tricampeão do Mundial de Clubes, além do vigésimo primeiro título
regional em 2005 e dos bicampeonatos do Campeonato Brasileiro nos dois últimos
anos, que somados às conquistas de 1977, 1986 e 1991, garantiram o
pentacampeonato nacional.
E Kaká, em uma declaração feliz dada em entrevista à Revista
Oficial do São Paulo, disse: “O que
importa mesmo é que hoje eu tenho títulos importantes e o São Paulo é
pentacampeão brasileiro, tri da Libertadores e tri mundial. Único no Brasil”.
Sim, Kaká, ÚNICO! E você, com a felicidade de ter proferido
palavras como essas, colaborou com sua torcida junto a de milhões de outros
são-paulinos para tornar o São Paulo Futebol Clube singular no país do futebol.
Nestes 72 anos de existência, o São Paulo ganhou o status de
clube Mais Querido em decorrência da ditadura de Getúlio Vargas nos anos 30 e
40, que proibia a ostentação das bandeiras estaduais, e em decorrência deste
fato o São Paulo entrou em campo contra um rival da capital com uma bandeira
com suas cores que, quando adicionadas ao contexto político do país e à
coincidência delas serem as mesmas cores do estado paulista, o Tricolor foi
aplaudido de pé pelo estádio todo, tornando-se então “O Mais Querido”.
O Tricolor levantou também um castelo que recebeu o nome de
Cícero Pompeu de Toledo ou o simples, porém sublime, Morumbi.
Há quem se considere “campeão do século 20”. O que falar,
então, de um clube que nos altos de seus 72 anos ostenta 38 conquistas oficiais
reconhecidas pelos principais órgãos que regem o futebol no Brasil e no Mundo,
enquanto que os “campeões do século”, quando tinham os mesmos 72 anos tinham
apenas 28, como traz o diário Lance! de hoje.Ainda de acordo com levantamento
do jornal, comparando o Tricolor aos 11 maiores clubes do país quando tinham o
mesmo tempo de fundação, o São Paulo é o primeiro da lista com os 38 títulos.
Porphírio da Paz, quando compôs o hino do São Paulo,parecia
prever em uma de suas estrofes que o Tricolor seria, dentre os grandes, o primeiro. E agora, como lembra Kaká, ÚNICO!
Parabéns Kaká por mais um título e PARABÉNS ao São Paulo
Futebol Clube por mais um ano recheado de glórias!
A história de ambos continua e Kaká ainda escreverá mais um
capítulo no livro eterno do São Paulo.
A todos os são-paulinos, uma excelente festa
neste 16 de dezembro de 2007!
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