segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

A CBF e o prêmio perna-de-pau


Quantas falhas (o que dizer do erro crasso na menção ao técnico e ao capitão do Bragantino, campeão da Série C?), gafes dos apresentadores Marcos Palmeira e Tony Ramos e apresentações que eu interpretei como eles querendo retratar aquilo que se encontra no Brasil: um cachaceiro guardador de carro -- o popular "flanelinha" -- e uma analfabeta fofoqueira.

Essa foi a tona do prêmio Craque do Brasileirão, realizado na noite desta segunda-feira, 03.

Precisava fazer comédia rebaixando o país dessa maneira?

Um  ponto positivo ficou por parte da declaração do presidente são-paulino Juvenal Juvêncio quando recebeu a taça do Brasileirão, havendo um porém na exagerada "rasgação de seda" ao presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF)  Ricardo Teixeira. Muito legal a valorização que ele deu à administração do Tricolor, ao sistema de pontos corridos e à lisura do campeonato no que tange o rebaixamento do Corinthians.

E a entrega dos prêmios? Foi a coisa mais insípida que já vi. Os premiados não tiveram a oportunidade de ter a palavra, fazer algum agradecimento ou algo do tipo. Simplesmente chocho.

Apenas no final o microfone esteve nas mãos de premiados: foram eles o presidente do Flamengo Márcio Braga, representando a torcida rubro-negra na honra “Torcida de Ouro” e o goleiro do São Paulo Rogério Ceni, que foi eleito o craque do Campeonato Brasileiro, saindo da festa com três troféus por também ter sido eleito o melhor goleiro da competição e o “Craque da Torcida”.

Aliás, Rogério deu um show de diplomacia ao comentar a presença ativa da torcida carioca com suas manifestações no Teatro Municipal do Rio de Janeiro e ao agradecimento à Rede Globo de Televisão, que transmitiu o evento ao vivo. E, logicamente, não poderia deixar de valorizar seus companheiros de equipe e a administração do São Paulo.

No todo, entretanto, faltou muito para que o evento tivesse uma avaliação positiva. Uma pena, pois diante dos milhares de e-mails criativos que circulam nas caixas eletrônicas neste Brasil afora e pelo país possuir especialistas qualificados, a CBF poderia ter proporcionado uma festa mais profissional, mesmo que tivesse momentos de descontração.

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