terça-feira, 20 de novembro de 2007

Série B por um fio


Eis mais um escândalo no Campeonato Brasileiro da Segunda Divisão de 2007.

Não bastava a polêmica envolvendo o Marília Atlético Clube em junho deste ano, que perdeu seis pontos na tabela da competição e foi multado em R$ 2 mil reais por supostamente ter escalado um jogador irregular contra a equipe do Avaí, surge agora um dossiê elaborado pela direção do rebaixado Santa Cruz de Recife que poderá paralisar e invalidar a Série B.

O dossiê consiste em e-mails e números de contas bancárias, havendo o envolvimento de um integrante da Comissão de Arbitragem da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) que oferecia uma “ajudinha” ao clube pernambucano em alguns jogos em troca de passagens e outros favores aos árbitros da partida.

A Federação Pernambucana de Futebol, que defende os interesses do Santa Cruz, já enviou o seu parecer à CBF exigindo as devidas providências.

Trata-se de um caso de extorsão, em que a equipe pernambucana fica numa sinuca de bico, com o seu presidente Édson Nogueira se perguntando: pago e sou beneficiado ou mantenho a postura ética e corro o risco de ser prejudicado?

De fato, o Santa Cruz mereceu o rebaixamento para a Terceira Divisão e tem uma equipe bastante fraca e limitada.

No entanto, essas denúncias devem ser apuradas e investigadas e que sejam punidos os envolvidos, não podendo ocorrer a paralisação da Série B e nem a marcação das partidas supostamente influenciadas, como o jogo Santa Cruz x Ceará citado no dossiê.

Paralisar, invalidar ou remarcar jogos, restando apenas uma rodada para o fim do campeonato, implicaria também na Série A, podendo haver manifestações dos times que estão na zona de rebaixamento para a Segunda Divisão.

Diante desse nebuloso contexto, portanto, deve-se mesmo torcer pela punição dos corruptos e que o castigo seja cumprido, apesar do histórico não convencer o público disso, vide a situação do ex-árbitro Edílson Pereira de Carvalho, protagonista do escândalo de 2005, que continua vivendo sua vida normalmente e cobrando valores altíssimos por entrevistas.

O torcedor brasileiro não merece nada disso.

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