segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Ron Dennis: palmeirense e fã de Luxemburgo


Domingo de sol em São Paulo.

Era o dia do Grande Prêmio de Fórmula 1 do Brasil, realizado no Autódromo de Interlagos.

O piloto da McLaren Lewis Hamilton tinha absolutamente tudo para ser campeão mundial logo em sua primeira temporada como piloto de F1.

Tinha.

Falhou na largada pela inexperiência e contou com problemas mecânicos.

Fez uma corrida de recuperação e terminou na sétima colocação.

O azarão ferrarista Kimi Raikkonen, que não tinha nada a ver com isso, contou com o espírito de equipe do brasileiro Felipe Massa que o deixou passar a sua frente, cedendo a primeira colocação ao parceiro finlandês.

O título de construtores, pelo episódio de espionagem, já era da Ferrari. Restava o título para um de seus pilotos e o único que tinha chances matemáticas conseguiu alcança-lo: Raikkonen consagrava-se campeão mundial pela primeira vez.

Superou Hamilton e Fernando Alonso, os respectivos favoritos.

Horas depois da festa, surge uma informação de que ele teria de entregar o troféu de campeão a Lewis Hamilton por uma suposta adulteração na gasolina dos carros dos pilotos Nico Rosberg (Williams) Robert Kubica (BMW Sauber) e Nick Heidfeld (BMW Sauber).

Respectivamente, estes pilotos foram os quarto, quinto e sexto colocados e, se fossem esportivamente punidos, Hamilton ganharia a quarta colocação e conseqüentemente o título do mundial de pilotos.

A denúncia estaria sendo feita pelo chefão da McLaren Ron Dennis, por vingança à decisão da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) no caso de espionagem.

A FIA, mais tarde, optou por não punir Rosberg, Kubica e Heidfeld.

No entanto, a escuderia inglesa já notificou a entidade máxima do automobilismo que irá apelar à decisão e provavelmente um novo julgamento será marcado.

Hamilton cansou de ser beneficiado nessa temporada – inclusive nos treinos que antecederam o GP do Brasil.

E Ron Dennis, com toda sua soberba, continua a reclamar e brigar pelo título em prol de seu protegido Lewis.

Tal qual o treinador de futebol Wanderley Luxemburgo reclama da arbitragem, o todo-poderoso da McLaren quer fazer valer seus interesses chorando o leite derramado.

Assim como o Palmeiras, que antes de começar a fazer sua parte dentro de campo, justificava seus revezes colocando a culpa na arbitragem.

Kimi Raikkonen é o legítimo campeão.

Voltar atrás deste fato faria com que a Fórmula 1 perdesse mais ainda todo o seu glamour.

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