Domingo de sol em São Paulo.
Era o dia do Grande Prêmio de Fórmula 1 do Brasil, realizado
no Autódromo de Interlagos.
O piloto da McLaren Lewis Hamilton tinha absolutamente tudo
para ser campeão mundial logo em sua primeira temporada como piloto de F1.
Tinha.
Falhou na largada pela inexperiência e contou com problemas
mecânicos.
Fez uma corrida de recuperação e terminou na sétima
colocação.
O azarão ferrarista Kimi Raikkonen, que não tinha nada a ver
com isso, contou com o espírito de equipe do brasileiro Felipe Massa que o
deixou passar a sua frente, cedendo a primeira colocação ao parceiro finlandês.
O título de construtores, pelo episódio de espionagem, já
era da Ferrari. Restava o título para um de seus pilotos e o único que tinha
chances matemáticas conseguiu alcança-lo: Raikkonen consagrava-se campeão
mundial pela primeira vez.
Superou Hamilton e Fernando Alonso, os respectivos
favoritos.
Horas depois da festa, surge uma informação de que ele teria
de entregar o troféu de campeão a Lewis Hamilton por uma suposta adulteração na
gasolina dos carros dos pilotos Nico Rosberg (Williams) Robert Kubica (BMW
Sauber) e Nick Heidfeld (BMW Sauber).
Respectivamente, estes pilotos foram os quarto, quinto e
sexto colocados e, se fossem esportivamente punidos, Hamilton ganharia a quarta
colocação e conseqüentemente o título do mundial de pilotos.
A denúncia estaria sendo feita pelo chefão da McLaren Ron
Dennis, por vingança à decisão da Federação Internacional de Automobilismo
(FIA) no caso de espionagem.
A FIA, mais tarde, optou por não punir Rosberg, Kubica e
Heidfeld.
No entanto, a escuderia inglesa já notificou a entidade
máxima do automobilismo que irá apelar à decisão e provavelmente um novo
julgamento será marcado.
Hamilton cansou de ser beneficiado nessa temporada –
inclusive nos treinos que antecederam o GP do Brasil.
E Ron Dennis, com toda sua soberba, continua a reclamar e
brigar pelo título em prol de seu protegido Lewis.
Tal qual o treinador de futebol Wanderley Luxemburgo reclama
da arbitragem, o todo-poderoso da McLaren quer fazer valer seus interesses
chorando o leite derramado.
Assim como o Palmeiras, que antes de começar a fazer sua
parte dentro de campo, justificava seus revezes colocando a culpa na
arbitragem.
Kimi Raikkonen é o legítimo campeão.
Voltar atrás deste fato faria com que a Fórmula 1 perdesse
mais ainda todo o seu glamour.
Nenhum comentário:
Postar um comentário