quinta-feira, 9 de agosto de 2007

O direito de defender...


...e de contra-atacar!

Este foi o pensamento do São Paulo na vitória sobre o Botafogo por 2x0, no Maracanã, em partida que praticamente decidiu a classificação do primeiro turno do Campeonato Brasileiro O primeiro lugar só não será consolidado na virada de turno se o Tricolor tropeçar contra o Atlético-PR no Morumbi no próximo sábado e o Botafogo vencer as suas duas partidas que tem de fazer contra o Corinthians, em partida adiada, e contra o Figueirense no próximo do domingo.

O jogo começou com o Botafogo pressionando pelo lado direito com o meio-campista Joílson improvisado na ala. O meio-de-campo botafoguense foi pouco criativo e os atacantes Dodô e André Lima, responsáveis por 18 dos 35 gols do alvinegro carioca, foram bem anulados pela marcação do Tricolor e quase não levaram perigo à meta de Rogério Ceni.

Ainda no primeiro tempo, verificando que Jorge Wagner sofria com os avanços de Joílson, Muricy Ramalho inteligentemente deslocou o camisa 7 sãopaulino para o meio-de-campo e Richarlyson foi incumbido de marcar o jogador do Botafogo.

A partir deste momento, o São Paulo teve o jogo sob controle, apesar da maior posse de bola do Botafogo.

Um fato negativo ocorrido no fim da etapa inicial foi a séria lesão do equatoriano Reasco que teve a tíbia fraturada após uma dura entrada do zagueiro-lateral Luciano Almeida. Hernanes entrou no seu lugar na ala-direita e esteve um pouco perdido nos minutos finais do primeiro tempo; na segunda etapa não comprometeu.

No segundo tempo, aos 10 minutos, Muricy sacou o apagadíssimo Dagoberto para a entrada de Júnior. O experiente lateral-esquerdo, para muitos, aparentemente entrara para congestionar o meio-de-campo. No entanto, viu-se que o técnico do Tricolor instruiu Júnior para que jogasse nas costas de Joílson, que agora tinha um melhor marcador para enfrentar.

Com uma boa marcação e beneficiando-se de contra-ataques puxados por Júnior pelo lado esquerdo, o primeiro gol do São Paulo saiu aos 18 minutos, em cobrança de escanteio de Jorge Wagner que foi desviada pelo gigante Alex Silva. Fogão 0x1 Tricolor.

Após o gol do São Paulo, o sistema defensivo do Botafogo se escancarou e deu algumas boas chances de gol ao São Paulo.

Em uma delas, Leandro foi lançado pela direita e foi bem desarmado pelo volante Tulio, que infantilmente junto com um companheiro fez falta no camisa 9 do Tricolor e em seguida deu um chute criminoso no rosto do atacante.

Nos minutos seguintes, Júnior roubou uma bola do zagueiro Juninho no meio-de-campo em um lance polêmico, mas que pela TV percebe-se um toque do jogador do São Paulo na bola antes de acertar o botafoguense. A bola chega até Leandro que definiu o placar, fazendo 2x0 para o visitante mais indigesto do Brasileirão.

A arbitragem de Carlos Eugênio Simon foi regular e as reclamações do time carioca são oriundas das manifestações dos dirigentes sãopaulinos que se colocaram contra a escalação do árbitro gaúcho para a partida.

Se houve erros por parte do juiz, estes foram em benefício do Botafogo. Em lance pela direita a bola bateu no cotovelo de Miranda e o bandeira marcou a infração ratificada por Simon. Pouco depois uma bola cruzada na área botafoguense resvala no braço do volante Leandro Guerreiro e o árbitro não marca a penalidade a favor do São Paulo.

Verifica-se, portanto, a falta de critério neste aspecto “mão na bola” ou “bola na mão”.

A verdade é que o São Paulo permanece justamente na liderança e toda e qualquer reclamação, como o amigo Emerson do blog Um Olhar Crônico Esportivo costuma dizer, é armazém de secos & molhados, de um time que foi derrotado pela eficiente estratégia do time de Muricy Ramalho.

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