...e de contra-atacar!
Este foi o pensamento do São Paulo na vitória sobre o
Botafogo por 2x0, no Maracanã, em partida que praticamente decidiu a
classificação do primeiro turno do Campeonato Brasileiro O primeiro lugar só
não será consolidado na virada de turno se o Tricolor tropeçar contra o Atlético-PR
no Morumbi no próximo sábado e o Botafogo vencer as suas duas partidas que tem
de fazer contra o Corinthians, em partida adiada, e contra o Figueirense no
próximo do domingo.
O jogo começou com o Botafogo pressionando pelo lado direito
com o meio-campista Joílson improvisado na ala. O meio-de-campo botafoguense
foi pouco criativo e os atacantes Dodô e André Lima, responsáveis por 18 dos 35
gols do alvinegro carioca, foram bem anulados pela marcação do Tricolor e quase
não levaram perigo à meta de Rogério Ceni.
Ainda no primeiro tempo, verificando que Jorge Wagner sofria
com os avanços de Joílson, Muricy Ramalho inteligentemente deslocou o camisa 7
sãopaulino para o meio-de-campo e Richarlyson foi incumbido de marcar o jogador
do Botafogo.
A partir deste momento, o São Paulo teve o jogo sob
controle, apesar da maior posse de bola do Botafogo.
Um fato negativo ocorrido no fim da etapa inicial foi a
séria lesão do equatoriano Reasco que teve a tíbia fraturada após uma dura
entrada do zagueiro-lateral Luciano Almeida. Hernanes entrou no seu lugar na
ala-direita e esteve um pouco perdido nos minutos finais do primeiro tempo; na
segunda etapa não comprometeu.
No segundo tempo, aos 10 minutos, Muricy sacou o
apagadíssimo Dagoberto para a entrada de Júnior. O experiente lateral-esquerdo,
para muitos, aparentemente entrara para congestionar o meio-de-campo. No
entanto, viu-se que o técnico do Tricolor instruiu Júnior para que jogasse nas costas
de Joílson, que agora tinha um melhor marcador para enfrentar.
Com uma boa marcação e beneficiando-se de contra-ataques
puxados por Júnior pelo lado esquerdo, o primeiro gol do São Paulo saiu aos 18
minutos, em cobrança de escanteio de Jorge Wagner que foi desviada pelo gigante
Alex Silva. Fogão 0x1 Tricolor.
Após o gol do São Paulo, o sistema defensivo do Botafogo se
escancarou e deu algumas boas chances de gol ao São Paulo.
Em uma delas, Leandro foi lançado pela direita e foi bem
desarmado pelo volante Tulio, que infantilmente junto com um companheiro fez
falta no camisa 9 do Tricolor e em seguida deu um chute criminoso no rosto do
atacante.
Nos minutos seguintes, Júnior roubou uma bola do zagueiro
Juninho no meio-de-campo em um lance polêmico, mas que pela TV percebe-se um
toque do jogador do São Paulo na bola antes de acertar o botafoguense. A bola
chega até Leandro que definiu o placar, fazendo 2x0 para o visitante mais
indigesto do Brasileirão.
A arbitragem de Carlos Eugênio Simon foi regular e as
reclamações do time carioca são oriundas das manifestações dos dirigentes
sãopaulinos que se colocaram contra a escalação do árbitro gaúcho para a
partida.
Se houve erros por parte do juiz, estes foram em benefício
do Botafogo. Em lance pela direita a bola bateu no cotovelo de Miranda e o
bandeira marcou a infração ratificada por Simon. Pouco depois uma bola cruzada
na área botafoguense resvala no braço do volante Leandro Guerreiro e o árbitro
não marca a penalidade a favor do São Paulo.
Verifica-se, portanto, a falta de critério neste aspecto
“mão na bola” ou “bola na mão”.
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