No dia 03 de junho, em jogo válido pela 4ª rodada do
Campeonato Brasileiro, o São Paulo venceu o Paraná em Curitiba pelo placar
mínimo em uma partida com arbitragem que rendeu polêmica.
A vitória tricolor foi construída primeiramente quando o
juiz da partida, Leonardo Gaciba,
assinalou penalidade máxima em Aloísio, que na humilde opinião desse que vos
escreve, sãopaulino fanático que sou, não aconteceu realmente. No entanto,
vê-se que o goleiro paranista saiu atabalhoado do gol e mesmo que não tenha
tocado no atacante do São Paulo, é perfeitamente compreensível a marcação da
infração. Sem contar que foram diversos os colunistas que se posicionaram
apoiando a decisão de Gaciba.
Outro lance que custou a derrota do Paraná Clube foi no final
da partida, quando o auxiliar do árbitro marcou impedimento que posteriormente
a TV veio a mostrar que não existia. Um lance difícil, pois havia três
jogadores em condições - inclusive o zagueiro Luis Henrique, autor do gol
"anulado" - e um em posição de impedimento. O auxiliar levanta a
bandeira antes da bola chegar ao zagueiro que marcou o tento, logo não se pode
nem falar que o gol foi invalidado, e sim o lance anterior em que um atleta do
clube parananense encontrava-se em posição irregular. Erro comum, que acontece
praticamente em todas as rodadas do campeonato. Estes dois erros do árbitro
provocaram reação inédita nos paranistas: querem que a partida seja anulada.
Uma coisa é o clube solicitar ao Superior Tribunal de
Justiça Desportiva (STJD) avaliar questões relacionadas à indisciplina e à
violência - como fez o Tricolor Paulista no episódio Edmundo após o clássico
contra o Palmeiras, que viria a replicar com uma suposta proposital cotovelada
do atacante sãopaulino Marcel em um jogador alviverde na mesma partida; outra
bem diferente é querer mudar o resultado construído em campo pelas decisões
tomadas pelo árbitro que, no meu entender, foram bastante comuns e não podem
ser classificadas como erros premeditados (ou propositais). Não se trata de um Edílson
Pereira de Carvalho (até que se prove o contrário) no fato que chocou todos no
Brasileirão 2005.
Particularmente penso que os dirigentes do Paraná vão
"dar com os burros n'água". Caso contrário, o futebol estará
morrendo. As decisões do juíz de futebol e de seus auxiliares (quando
corroboradas pelo árbitro) deverão para sempre ser absolutas, ainda mais quando
avaliadas nesse contexto da partida Paraná X São Paulo (e da maioria dos jogos
de futebol no Mundo), em que os julgamentos dos lances polêmicos foram feitos
em pouquíssimos segundos.
Portanto, deixando um pouco a paixão pelo São Paulo de lado
e prezando pelo futuro do futebol, torço para que o bom senso prevaleça na
decisão do STJD.
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