terça-feira, 19 de junho de 2007

O futuro do futebol


No dia 03 de junho, em jogo válido pela 4ª rodada do Campeonato Brasileiro, o São Paulo venceu o Paraná em Curitiba pelo placar mínimo em uma partida com arbitragem que rendeu polêmica.

A vitória tricolor foi construída primeiramente quando o juiz da partida, Leonardo Gaciba, assinalou penalidade máxima em Aloísio, que na humilde opinião desse que vos escreve, sãopaulino fanático que sou, não aconteceu realmente. No entanto, vê-se que o goleiro paranista saiu atabalhoado do gol e mesmo que não tenha tocado no atacante do São Paulo, é perfeitamente compreensível a marcação da infração. Sem contar que foram diversos os colunistas que se posicionaram apoiando a decisão de Gaciba.

Outro lance que custou a derrota do Paraná Clube foi no final da partida, quando o auxiliar do árbitro marcou impedimento que posteriormente a TV veio a mostrar que não existia. Um lance difícil, pois havia três jogadores em condições - inclusive o zagueiro Luis Henrique, autor do gol "anulado" - e um em posição de impedimento. O auxiliar levanta a bandeira antes da bola chegar ao zagueiro que marcou o tento, logo não se pode nem falar que o gol foi invalidado, e sim o lance anterior em que um atleta do clube parananense encontrava-se em posição irregular. Erro comum, que acontece praticamente em todas as rodadas do campeonato. Estes dois erros do árbitro provocaram reação inédita nos paranistas: querem que a partida seja anulada.

Uma coisa é o clube solicitar ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) avaliar questões relacionadas à indisciplina e à violência - como fez o Tricolor Paulista no episódio Edmundo após o clássico contra o Palmeiras, que viria a replicar com uma suposta proposital cotovelada do atacante sãopaulino Marcel em um jogador alviverde na mesma partida; outra bem diferente é querer mudar o resultado construído em campo pelas decisões tomadas pelo árbitro que, no meu entender, foram bastante comuns e não podem ser classificadas como erros premeditados (ou propositais). Não se trata de um Edílson Pereira de Carvalho (até que se prove o contrário) no fato que chocou todos no Brasileirão 2005.

Particularmente penso que os dirigentes do Paraná vão "dar com os burros n'água". Caso contrário, o futebol estará morrendo. As decisões do juíz de futebol e de seus auxiliares (quando corroboradas pelo árbitro) deverão para sempre ser absolutas, ainda mais quando avaliadas nesse contexto da partida Paraná X São Paulo (e da maioria dos jogos de futebol no Mundo), em que os julgamentos dos lances polêmicos foram feitos em pouquíssimos segundos.

Portanto, deixando um pouco a paixão pelo São Paulo de lado e prezando pelo futuro do futebol, torço para que o bom senso prevaleça na decisão do STJD.

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