domingo, 24 de junho de 2007

A nudez de Ana Paula

Muito tem se discutido entre os boleiros a decisão da bandeirinha Ana Paula de Oliveira, que assinou contrato com a revista Playboy para posar nua.

Dentre as opiniões, a que mais tem sido freqüente é que a exposição de seu corpo na revista masculina irá atrapalhar o seu trabalho dentro de campo.

Sinceramente, penso que isso é uma grande besteira. Uma visão até machista, eu diria.

Respeito se conquista com trabalho. E isso Ana Paula demonstrou fazer muito bem. Falhas sempre farão parte da vida de qualquer ser humano, mas no caso da auxiliar elas não são constantes.

Na semifinal da Copa do Brasil 2007 entre Botafogo e Figueirense, muito se falou nas decisões que Ana Paula tomou exercendo o ofício de bandeirinha. Pelo o que eu entendo de futebol, não enxerguei como erros crassos (em um deles, inclusive, penso que ela acertou). A CBF resolveu afastá-la dos jogos como punição.

Neste fim-de-semana surge a notícia de que a musa dos campos brasileiros foi afastada do quadro da FIFA por ter assinado contrato com a Playboy, com o argumento de que os árbitros devem ter postura discreta.

Outra visão machista. O corpo é dela e ela faz dele o que bem entende.

Enfim, mais uma vitória do extremo, do tradicionalismo. Um desperdício de uma grande profissional, que poderia continuar arbitrando com qualidade, com o agravante de embelezar o futebol.

Uma pena. Boa sorte na várzea, Ana Paula! E que você demonstre agora sua competência fora dos gramados, comentando futebol. Nossos olhos – e ouvidos! – agradecem.

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