sexta-feira, 5 de abril de 2013

Enquanto São Paulo é derrotado na Bolívia, diretor de futebol do clube disputa prova de automobilismo em Portugal


O São Paulo perdeu um confronto decisivo pela Libertadores, mas a derrota não foi presenciada pelo diretor de futebol do clube, Adalberto Baptista.

Enquanto o Tricolor saía derrotado pelo The Strongest na Bolívia, o dirigente são-paulino disputava sessões de treino para primeira etapa da Porsche Cup, a ser disputada em Estoril, Portugal, no próximo sábado.


Luis Fabiano prestigia Adalberto Baptista, então diretor de marketing do São Paulo, em etapa da Porsche Cup de 2011 (Foto: Jorge Sá)
Luis Fabiano prestigia Adalberto Baptista, então diretor de marketing do São Paulo, em etapa da Porsche Cup de 2011 (Foto: Jorge Sá)


A ausência do principal chefe do departamento de futebol do São Paulo, para além do jogo decisivo disputado na Bolívia, ocorre no momento em que se discute a demissão do fisioterapeuta Luiz Rosan.

Rosan, que presta serviços à seleção brasileira e era chefe da fisioterapia do clube, foi dispensado na semana passada por, segundo Baptista, cobrar privilégios como ingressos e também porque tinha horários de trabalho diferenciados no Reffis do CT da Barra Funda.

Em 2010, o Dr. Turíbio Leite de Barros, renomado fisiologista do esporte, havia sido demitido pelo São Paulo por, segundo dirigentes, se ausentar com frequência de seus trabalhos no clube.

Adalberto Baptista é considerado um dos potenciais candidatos à sucessão de Juvenal Juvêncio na presidência do clube.

Opinião
Que profissionais devem cumprir suas obrigações em determinados horários, é indiscutível.

No entanto, é inadmissível ver o diretor de futebol de um clube se ausentar de um momento tão importante do clube na temporada.

Quer dizer, no São Paulo o diretor estatutário pode se ausentar a seu bel prazer. Cadê a relação de equidade propagada e alegada pelo diretor para justificar as demissões de renomados profissionais?

É no mínimo incoerente. E, como chefe do departamento, deveria dar o exemplo.

Mais: o presidente do Palmeiras, Paulo Nobre, tem como paixão o rali. E abriu mão dessa paixão pelo dever de administrar uma paixão ainda maior, que é o seu clube.

Salvo engano, Nobre somente se ausentou de um jogo, a goleada que seu time levou do Mirassol, quando chefiava a delegação do Brasil nos amistosos pela Europa.

Já para o dirigente tricolor, nada é mais importante do que pilotar um Porsche em Portugal.

Este é o diretor escolhido por Juvenal para comandar o futebol do clube. Imagine se ele for eleito presidente o que (não) irá fazer...

Nenhum comentário:

Postar um comentário