O São Paulo perdeu um confronto decisivo pela Libertadores,
mas a derrota não foi presenciada pelo diretor de futebol do clube, Adalberto
Baptista.
Enquanto o Tricolor saía derrotado pelo The Strongest na
Bolívia, o dirigente são-paulino disputava sessões de treino para primeira
etapa da Porsche Cup, a ser disputada em Estoril, Portugal, no próximo sábado.
Luis Fabiano prestigia Adalberto Baptista, então diretor de marketing do São Paulo, em etapa da Porsche Cup de 2011 (Foto: Jorge Sá) |
A ausência do principal chefe do departamento de futebol do
São Paulo, para além do jogo decisivo disputado na Bolívia, ocorre no momento
em que se discute a demissão do fisioterapeuta Luiz Rosan.
Rosan, que presta serviços à seleção brasileira e era chefe
da fisioterapia do clube, foi dispensado na semana passada por, segundo
Baptista, cobrar privilégios como ingressos e também porque tinha horários de
trabalho diferenciados no Reffis do CT da Barra Funda.
Em 2010, o Dr. Turíbio Leite de Barros, renomado
fisiologista do esporte, havia sido demitido pelo São Paulo por, segundo
dirigentes, se ausentar com frequência de seus trabalhos no clube.
Adalberto Baptista é considerado um dos potenciais
candidatos à sucessão de Juvenal Juvêncio na presidência do clube.
Opinião
Que profissionais devem cumprir suas obrigações em
determinados horários, é indiscutível.
No entanto, é inadmissível ver o diretor de futebol de um
clube se ausentar de um momento tão importante do clube na temporada.
Quer dizer, no São Paulo o diretor estatutário pode se ausentar
a seu bel prazer. Cadê a relação de equidade propagada e alegada pelo diretor
para justificar as demissões de renomados profissionais?
É no mínimo incoerente. E, como chefe do departamento,
deveria dar o exemplo.
Mais: o presidente do Palmeiras, Paulo Nobre, tem como
paixão o rali. E abriu mão dessa paixão pelo dever de administrar uma paixão
ainda maior, que é o seu clube.
Salvo engano, Nobre somente se ausentou de um jogo, a
goleada que seu time levou do Mirassol, quando chefiava a delegação do Brasil
nos amistosos pela Europa.
Já para o dirigente tricolor, nada é mais importante do que
pilotar um Porsche em Portugal.
Nenhum comentário:
Postar um comentário